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CIDADES

Territórios, Lugares, Cidades, Vilas, Povoações e Aldeias entre os tratados de Tordesilhas e de São Ildefonso, entre 1494 e 1777

 

Rio de Janeiro de julho a dezembro de 2021

Territórios, Lugares, Cidades, Vilas, Povoações e Aldeias

CIDADES: Territórios, Lugares, Cidades, Vilas, Povoações e Aldeias contará a construção da rede urbana colonial ibero-americana entre os tratados de Tordesilhas, e São Ildefonso, entre 1494 e 1777, vai acontecer no Rio de Janeiro de julho a dezembro de 2020.


A exposição nasce desde a proposta de URBS IBEROAMERICANA elaborada por Manuel Teixeira e Antonio Hoyuela em 2006. Memoria, territorio, lugar y artificio de las ciudades castellanas y portuguesas entre los Tratados de Tordesillas (1494) y San Ildefonso (1777) teve lugar em Salamanca no Palácio de Congresos de Navarro Baldeweg.

 

Hoje atualizamos a visão com diálogos entre o lugar e o artificio, procurando a ecologia da cidade; entre os valores das cidades indígenas, primigênias, e as cidades coloniais; entre os territórios portugueses, espanhóis e os períodos em que ambas coroas estiveram sob a mesma monarquia; entre São Francisco e a Patagônia argentina, entre o Amazonas e o rio Mississipi.

“O adensar da rede de oficiais regiões no Brasil, a reorganização das capitanias, a criação de novas circunscrições administrativas, e, ainda, a fundação de um tribunal na cidade da Bahia, são fenômenos que remetem, todos eles, para um dado fundamental: as mutações ocorridas no Brasil, durante a União Ibérica, possuem uma incontornável dimensão política” (Marques, 2002).

Antecedentes e origens da exposição
Origem: análise das interações ibéricas no contexto da guerra da restauração e da elaboração do plano diretor das fortificações do Minho, da exposição URBS IBEROAMERICANA de Salamanca e da tese HISPÂNICA URBS BRASILIARUM
Apoia: UIA, Prefeitura de Rio de Janeiro, UNESCO... o IAB, Brasil, o CAU RJ, em contato com o Conselho Superior de Arquitetos de Espanha a Secretaria de Estado para Ibero américa e o CEHOPU que ofereceram um apoio fundamental ao desenvolvimento institucional e científico do projeto
Período: o período seleccionado coincide com a definição das fronteiras ibéricas na América: Tratado de Tordesilhas, 1494, Tratado de San Ildefonso, 1778.
Espaço: compreender e definir o património teórico e cultural do urbanismo ibérico através da tecnologia, da teoria e das diferentes escolas ibéricas e transmiti-lo ao público geral

 

Contamos com o apoio de grandes instituições já que o projeto foi aprovado como parte da agenda dos eventos de RCMA, Rio Capital Mundial da Arquitetura. O apoio dos promotores UIA (União Internacional de Arquitetos) e o IAB (Istituto de Arquitetos do Brasil), e dos parceiros institucionais UNESCO no Brasil, o CAU (Conselho de Arquitetos e Urbanistas), nacional e Rio de Janeiro, a prefeitura de Rio de Janeiro, o Governo do Estado, a Globo e o Governo Federal, e também apoio de instituições como ANPARQ, DOCOMOMO, FIRJAN, ABEAU, ABAP e ICOMOS Brasil e vários dos comités científicos (ICOFORT, CIVVIH, Cultural Landscapes...)

A equipe diretiva está formada por representantes de várias áreas do conhecimento sobre a cidade e o patrimônio cultural de reconhecimento internacional e oganizados em três grandes grupos:

  • Coordenação e comissariado de José Antonio Hoyuela Jayo, doutor arquiteto na Espanha e arquiteto e urbanista pela UFMG, membro de ICOMOS, MG, Brasil

  • Grupo Institucional, coordenado por Isabelle Cury, IPHAN e Instittutos Internacionais e organismos como UNESCO, OEI, embaixadas e consulados...

  • Grupo Acadêmico, coordenado por Rafael Winter, que já incorpora universidades brasileiras, mexicanas, espanholas, porotuguesas... e plataformas como fortalezas.org, atla digital da america lusa, urbs iberoamericana, hispânica urbs brasiliarum (brasil hispânico)...

  • Grupo Professional, liderado por ICOMOS Brasil, e os coordenadores Julio Sampaio (região sureste), Betina Adams (CIVVIH, Cidades e Vilas Históricas), Vanessa Belo (Paisagens Culturais), Zé Claudio dos Santos (CCBrFort - Comitê Científico Nacional de Fortificações e Patrimônio Cultural de Origem Militar)

Contamos com a colaboração de todos vocês!!!

A Exposição / La Exposición

O livro, o site e a exposição serão elaborados a partir de uma estrutura histórica que começa no Tratado de Tordesilhas (1494) passando pelo descobrimento do Brasil (1500), e vai até a delimitação das fronteiras ibéricas (San Ildefonso, 1778), final do século XVIII.

Utilizaremos quatro tipos de painéis: os primeiros sobre o território americano, seus processos e tempos de ocupação (preto); o segundo reflete os diálogos, aproximações, e também diferenças, entre os povos ibéricos (azul); o terceiro da suporte as manifestações, técnicas, tradições e casos da cultura portuguesa (verde); e já os últimos vão contar as narrativas associadas com a cultura castelhana (vermelho).

No processo de descoberta, conquista e colonização, várias situações e propostas serão dadas em relação a como planejar e executar cidades. O diálogo constante entre o lugar e a natureza, herdeiro da cultura Ibérica, e entre o local e o global, construirá um debate rico e interessante sobre a ecologia das cidades ibero-americanas pré-existentes ou recém-fundadas. Durante este período, serão manifestadas as influências das fontes clássicas e da tradição mediterrânica: celtibérica, grega, romana, árabe e renascentista, bem como as tradições indígenas, dando origem a situações e modelos de grande interesse e riqueza.

O período das Coroas Filipinas (União Ibérica, União das Coroas, Domínio Filipino...) será um marco importantíssimo dessa história de construção do continente como ponte cultural e ponto de inflexão. As performances durante o período de coabitação Ibérica vão ser tão fundamentais quanto as ricas e variadas situações pré-colombianas e pré-cabralianas existentes nesses territórios. Nos diversos espaços americanos: incas, maias, astecas, Tupi, Guaranis, Araucanos, Patagones, Arabacos, Quechuas, Chibchas, Chachapoyas... desenvolvido, económico, urbano e rodoviário estruturas sociais que apoiaram a resolução. Suas lutas e alianças com outras nações, como França, Holanda, Inglaterra, Itália e até mesmo, elaborar mais sobre este enigma territorial histórica e indígena.


Durante o período analisado são consolidados processos e métodos de planejamento (de defesa, ou de apoio com as ordens religiosas), de administração territorial (ordenações filipinas), de gestão económica e territorial. Isso faz parte da cultura brasileira, não só colonial, mas também se estende no uso da língua, na música, na culinária, nas festas e tradições, na toponímia, na genética, e em outros aspectos da cultura e do provo brasileiro que queremos destacar, sempre desde o respeito a diversidade, a tradição cultural portuguesa dominante e as apartações dos povos indígenas e negros que contribuíram para a criação do Brasil (Ribeiro, O povo brasileiro:  a formação e o sentido do Brasil, 1995 (2ª reimp.); Ribeiro & Moreira Neto, A Fundação do Brasil, 1992).


A "ecologia da cidade Ibero-americana" começa com a seleção do lugar e com as primeiras decisões do assentamento. Através desta coleção de imagens, modelos e exemplos de cidades ibero-americanas, pretendemos aprofundar as razões finais de seu ser, as causas que justificaram sua fundação e suas relações com um território, Ibero-América, cuja escala e dimensões mesmo hoje eles ainda nos surpreendem.

Temos estruturado os conteúdos da exposição, que serão desenvolvidos e integrados nos diferentes painéis, da seguinte forma:
A exposição CIDADES é organizada em torno dos diferentes temas relevantes para a compreensão do urbanismo ibérico, seus diálogos com o lugar, o território, e em torno de movimentos, das narrativas históricas, em definitiva, do tempo. 


A ecologia do site expressa as interações entre cultura e natureza. O respeito, ou não, para o lugar, fará a construção da cidade Ibero-americana um laboratório interessante onde você pode analisar a ecologia urbana. As tradições árabes, gregas, romanas e judaicas, entre outras, assim como a experiência da Reconquista, serão, sem dúvida, fundamentais para a compreensão desses processos. Os Bastidas na França e Espanha, os conventos como instalações pioneiras e civilizadores, os modelos de Eximenis, de franciscanos, do Urbanismo de Castrense, como Santa Fe e Puerto real conhecido por Nicolas de Ovando e Francisco Pizarro, ou dos bairros judeus e os Arquitetura árabe, eles serão nossas principais referências.


O que queremos chamar de movimentos consiste em fundações ou estudos de caso cujas características temporais e espaciais, estilísticas ou históricas, lhes dão interesse especial. Assim, teremos as cidades hospitalares de Quiroga, as prensas do norte do México, as fundações jesuítas dos desertos de sonora ou Sinaloa, os franciscanos na Califórnia, as cidades portuárias e capitais, as cidades das minas, as reduções e missões fronteiriças, repúblicas indígenas de baías e ambientes metropolitanos e muitos outros casos relevantes. Por isso, estruturamos a exposição em quatro grandes grupos: território, memória, lugar e artifício dos processos de fundação e desenvolvimento da rede urbana Ibero-americana.

 

Mais de 400 imagens e mais de 150 arquivos já foram cadastrados para formar parte da exposição.

a exposição

território e memoria

territorii memoriae

território e memoria

Território e memória querem explicar a construção no espaço e no tempo da rede de cidades analisadas. Temos dados de mais de 2000 populações nos primeiros 300 anos de história. A relação das fundações Ibero-americanas nos informa através de sua localização, sua toponímia, as datas de fundação e sua classificação tipológica, bem como seus principais atores e a análise de sua evolução, a dimensão territorial do fenômeno. Desenvolveremos, portanto, mapas temáticos por região e por épocas e/ou estágios do fenômeno.


O papel das cidades deve ser considerado como altamente relevante na ação colonizadora da América Latina, pois serão eles que definirão as regiões regionais e as "fronteiras" incorporando esses projetos nacionais e, na época, dando resposta à lógica local. A ocupação do território Ibero-americano será, portanto, vista em uma lógica temporal, podendo ver como o território é ocupado de forma dinâmica e progressiva.


Ao mesmo tempo, iremos também olhar para os tratados das fronteiras ibéricas na América. Vamos começar a partir da distribuição entre os poderes coloniais católicos que começa em Alcaçovas 1479, e depois passa por Tordesilhas 1494 e San Ildefonso 1777, em última análise, moldar a fronteira Ibérica na América e no mundo (os ecos das Molucas ou das Filipinas também serão tratados na exposição). Os tratados intermediários, como os de Zaragoza, Badajoz, Utrech, Madrid, ou El Pardo, explicarão as várias posições de ambas as potências ibéricas em relação à chamada linha Tordesilhas, e em relação às cidades, cidades e capitais.


Como sugere o grande geógrafo brasileiro Milton Santos, a técnica de navegação e cartografia do renascimento e da ilustração também deve contribuir para a compreensão desses processos. Os diálogos entre o mapa de Juan de la Cosa e o Cantino, os primeiros mapas da América, ou os avanços da Circunavegação portuguesa da África durante o século XV, servirão de ponto de partida. Os métodos, instrumentos e precisões do mapeamento terrestre castelhano e português e seu progresso técnico e geográfico em suas diferentes escalas, globais e locais, nos aproximarão do período e nos levará dos oceanos para os ambientes urbanos, para a paisagem do cidades coloniais.


A análise dos períodos de descoberta e consolidação da Ibero-América tem sido analisada por múltiplos autores e consolidada na tese HISPANICA URBS Brasiliarum de autoria de Antonio Hoyuela. Eles começariam com o estágio de descoberta que entendemos que iria entre 1492 e 1550 e que testemunhará grandes diferenças entre os territórios castelhano e português. Em segundo lugar, após os virreinatos e o governo geral, a fase que queremos chamar de consolidação chegará e que iria aproximadamente de 1550, até 1580, e que é caracterizada pela proeminência das coroas em ambos os territórios ibéricos.


O momento, fundamental e decisivo, do período filipino, decorre de 1580 a 1640, e que alguns autores carregam até 1668. Isso será analisado como o ponto de aproximação e sistematização dos territórios fronteiriços. A dissolução dos limites dos territórios o domínio dos Estados de Portugal e Castela resultará em novas fundações estratégicas e projetos de sistematização de modelos e redes urbanas.


O período de restauração abrange desde o reconhecimento e disputas territoriais dos territórios portugueses e castelhanos, nas Américas e na Península Ibérica. Ele será desenvolvido entre 1640 e 1680, a data da Fundação de Colônia de Sacramento. Nesta fase, a consolidação das fronteiras por missões e reduções terá um primeiro desenvolvimento como um sistema de amortecimento de conflitos.


Já o período intermediário, antes da definição das beiras ibéricas atuais em América, vai de até o Tratado de Madrid de 1680 ao primeiro Tratado, aquele de Madrid de 1750. Será um período de franca expansão de ambos os poderes e consolidação de seus diferentes territórios (virreis, capitanias, Estados, repúblicas...).
 
Terminaremos com o intenso processo de fixação das fronteiras que vão desde o mencionado Tratado de Madrid, de 1750 até a de San Ildefonso de 1778. Neste período, o Marquês de Pombal, no lado português, e aplicando o princípio de pose (usucapião) de Juan de Solorzano (1640) será capaz de expandir grandemente as fronteiras de Tordesilhas com múltiplas negociações e avanços, tanto na Amazônia e no Sul, em torno das missões jesuíticas de Guarani e na costa entre rio grande e Florianópolis.


Com esta abordagem seremos capazes de compreender e contar a aparência dos territórios americanos na imaginação Europeia e a posição dos diferentes poderes, não só Portugal e Castela, mas a Inglaterra, França, Itália ou a nascente Holanda, entre outros. A abordagem contará com uma seleção de imagens da América espanhola na cartografia castelhana histórica, bem como na América portuguesa na cartografia histórica Lusa e discussões sobre os diálogos e divergências desses mapas em todo o Processo.


Entre os antecedentes, analisaremos o urbanismo no território europeu e também os fundos indígenas e africanos que influenciarão a criação de uma cultura urbana de povos indígenas e quilombolas, e de tradições arquitetônicas construtivas, bem como a seleção de árvores, espécies e a construção de paisagens urbanas.


Começaremos com a Grécia, as cidades Celtiberas e a colonização romana da Península Ibérica. A herança muçulmana, o planeamento medieval e o início do Tratado renascentista aproximar-nos-ão dos elementos arquitetônicos e urbanos que veremos refletidos na América. Esta tradição erudita e vernácula mediterrânica é expressa em cidades portuguesas e também em Castela com diferentes graus de proeminência.


Roma e o Islão na tradição da cidade portuguesa abrem espaço para a cidade medieval de reconquista e ocupação das lacunas territoriais derivadas dele no contexto da cidade Ibérica como um todo (você pode analisar esta situação em Lisboa). Com a expansão Atlântica, participaremos desta síntese do planeamento urbano ibérico cujos princípios de planeamento urbano que veremos nascem nas ilhas atlânticas portuguesas (Açores, madeira, cabo verde...) e castelhanos (Ilhas Canárias, Cuba, Porto Rico)


Os Açores, o Funchal e Ponta Delgada (nas ilhas da madeira) ou Angra do heroísmo (nas ilhas dos Açores) servirão de base para as inovações em fortificação e arquitetura, principalmente jesuítas, de conventos e escolas de ordens regulares. As ilhas de cabo verde e São Tomé também ganham destaque como trampolim para a Ásia e América do Sul, como serão as ilhas do Atlântico castelhano, Tenerife e Gran Canaria, principalmente, na expansão dos modelos peninsulares, como tinha acontecido durante o A expansão de Portugal através da África em cidades como a Mazagão.


Nesta seção da análise da memória do processo de ocupação e consolidação de uma América urbana, analisaremos também a transferência da legislação medieval, um pano de fundo do urbanismo Ibero-americano, para as ordenações filipinos e as leis da Indiano. A lógica das fundações na história Ibérica exprime-se no augur e geômetra de Roma e na evolução do traçado dos Bastidas. Um processo paralelo será realizado no lado português com a legislação manuelina e reformas urbanas de 500 anos. Tudo isto irá gerar várias posições municipais expressas nas cartas e cartas reais da Fundação e nos sistemas Encomienda (espanhol) e sesmaria (português).
 

lugar e artificio

territorii memoriae

lugar e artificio

Os diálogos entre o lugar e o artifício, entre a tradição e o modelo, entre o vernáculo e o estudioso, trará grande riqueza ao debate. Começaremos, no entanto, analisando as ricas características da América pré-colombiana e pré-cabralina, e as diferentes manifestações da organização social e "urbana" da América indígena. Assim, e através dessas análises, começaremos a avaliar a adequação ao lugar, prevendo ou não, os riscos e eventos naturais na seleção dos lugares onde as cidades ibéricas serão implantadas, bem como seus impactos.
O estudo do impacto do mito edênico, analisado por Sergio Buarque da Holanda em seu livro fantástico, visões do paraíso, na ocupação Ibérica e colonização, de um lado e outro da linha Tordesilhas, e também no meio (o Pantanal como nascente do paraíso) também será objeto de múltiplas reflexões.


Uma das ideias mais importantes é a análise de algumas das estruturas urbanas da América pré-colombiana, como chinambas, ou abas e tobas amazônicas e sistemas territoriais, assim como as aldeias indígenas astecas e Nauhalts com suas soluções ecologicamente eficientes, socialmente integrados e seus padrões de design urbano e arquitetônico.


O lugar na concepção das cidades portuguesas e castelhanas expressa essas heranças com diferentes graus de aplicação e intensidade diferente, dependendo das situações e dos lugares em que é aplicado. Os componentes vernáculo e erudita do urbanismo Português e do urbanismo castelhano explicam a concepção e as hierarquias dos espaços urbanos da cidade Ibérica como um todo, a relação de layouts urbanos com o território e a posição dos principais símbolos de poderes coloniais.


A utopia urbana Ibérica na América, que o desejo de construir um paraíso social contra reformista, ou Imperial, dependendo dos casos e tempos, levará a uma clara hierarquia de elementos arquitetônicos e espaços urbanos (longo, terra, praças... ).


Esta concepção de espaço nas cidades castelhana e portuguesa colonial em Ibero América deve ser estudada através dos motivos e estratégias da seleção do lugar e da forma urbana. A estrutura das populações marítimas, capitais, e expansão e colonização, bem como populações indígenas e quilombolas servirá para aproximar ambas as culturas a ideia de urbanismo hispânico.


A relação dos layouts urbanos portugueses com o território também se repetirá nas cidades castelhanas, assim como a regularidade começará a se expressar no lado português e no lago espanhol, principalmente durante o período da União Ibérica e a mão de leis e fortificação.


Com isso, as estruturas de blocos e parcelas da cidade Ibero-americana terão múltiplas expressões e características, ecológicas ou não, que, no entanto, evoluirão para um modelo mais homogêneo e globalizado. A análise da evolução da regularidade do traçado e das praças urbanas hispânicas, suas funções, origens, localização e forma nos ajudarão a descobrir seus valores e sua riqueza.


A morfologia, ou forma urbana da cidade Ibérica é, por vezes, expressa em sua regularidade, ortogonalidade e no uso da grade, outros expressam à auto em seu respeito pelas condições do lugar ou na força do local. A exposição estuda os processos de crescimento e expansão das cidades castelhana e portuguesa, suas praças, maior ou não, sua arquitetura e o caráter de seu espaço público.


O tamanho das maçãs e suas parcelas correspondentes definem o chamado artifício urbano e explicam razões profundas derivadas da expressão dos poderes da coroa (Praça do governador e de grandes acontecimentos), a Igreja (terreiros), o exército ( locais de armas), as pessoas (práticas públicas), a lei (Pelourinho) ou a burguesia (comércio).


A evangelização, protagonista da expansão colonial, constrói as reduções, missões, populações de índios e escolas que estão em espaços de maior interesse para o nosso debate. O artificio urbano, de erudição cultural, é construído com as escolas de fortificação, com os estilos e modelos definidos pelas diferentes ordens religiosas e com as leis do urbanismo hispânico.


Esta influência da igreja e da fortificação será igualmente importante na cidade portuguesa como o castelhano, definindo as fases evolutivas, estágios e movimentos. A população em todo o território Ibero-americano será, portanto, consolidada com a fortificação e consolidação das igrejas regulares (conventos, abadias e escolas, seminários e outras construções de ordens religiosas) e os seculares.
Portanto, analisaremos o papel dos engenheiros e arquitetos ibéricos e das diferentes escolas de engenharia, astronomia, matemática e, em última análise, fortificação, Europeia e sua influência e transferência para a América.


A escola Ibérica de fortificação que nasceu com as primeiras obras de Mazagão e na fronteira africana, em geral, já debate desde o início a necessidade de se adaptar ao local ou à implementação de modelos. O seu principal objetivo estratégico será definir e especificar a fronteira marítima. Nos portos, acessos e postos de controle, os primeiros modelos de fortificação serão discutidos, projetados e implementados. O papel da engenharia militar vai além das fortificações e será usado na construção de cidades ou arquiteturas relevantes para as populações que estão nascendo.


A partir daí, emergem os modelos e paradigmas do Ordenamento urbano ibérico, na América. Esses modelos serão realizados em cidades e cidades regulares traçadas em “damero”, nos territórios castelhanos, e também no Brasil, como naqueles mais adaptativos e organizados.
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movimientos e modelos

et motus exempla monstrabit

movimientos e modelos

Os modelos de planejamento e construção das cidades Ibérica, portuguesa e castelhana serão analisados através da descrição e estudo dos principais modelos e casos paradigmáticos do urbanismo hispânico.


Começarmos pela cidade preexistente, estudando os modos de vida e os tipos de povoamento dos povos indígenas americanos. Em norte américa começaremos pelos povos indígenas da Costa Este como Cherokees, Creeks, Mobiles..., os do planalto Central como Navajos, Apaches, Zuñis, Hopis... e os da costa oeste e na California: Lisenas, Chumash, Yokuts, Pomos, Yuroks... Entre os Astecas e Maias na América Central, temos os Mexicas, Astecas, Toltecas, Mixtecas, Zapotecas, Tlaxcaltecas, Maias, Olmecas, Lencas, Mosquitoes... e também os caribes: Tainos, Calusas e Ciboneis, entre outros.


Entre os povos Incas e povos amazónicos dos Andes analisaremos aos próprios Incas, Quechuas, Chacapoyanos e Aimaras, e aos povos amazônicos, tais como Tapajos, Omaguas, Maynas, Kayapós, Karajás, Xingues... Asháninkas; e os povos Tupi – guaranis da costa Atlântica e do interior do Brasil: Tupis, Tararius, Botocudos, Tupinambás, Tapajos, Bororos, Guaranies, Xavantes; e já na zona sul, os Mapuches e Patagones no sul da América: Mapuches, Araucarianos, e Tenuelches, Patagones e Charruas, como povos representativos da região. 


Estudaremos e mapearemos a cidade desenhada, a cidade planificada por esses povos indígenas, sem esquecer as ditas preexistências. Trabalharemos acima dos traçados preexistentes mais relevantes e destacados. Entre os traçados indígenas prévios a colonização destacamos Ácoma, ou São Luis dos Apalaches. Na rede de tabas e ocas amazónicas, analizaremos os textos de Bartolomé de las Casas até a arqueologia contemporânea.Também será importante refletir sobre o valor ecológico e cultural das cidades míticas dos aztecas: Tenochtitlán, Teotihuacam e o lago de Texcoco; das cidades maias como Chichén Itza, Palenque, Uxmai, Tikal: ou das cidades incas e chachapoyas: Machu Pichu, Cuzco...
 

Outro enfoque planeja trabalhar com as diferentes funções, tipologias e modelos de cidades. Para isso tomaremos exemplo das cidades capitais imperiais como Lisboa, El Escorial, Madrid, Valladolid, México, Lima, Buenos Aires e La Habana; Salvador, São Luis, Belém e Rio de Janeiro. Um caso muito importante será aquele das cidades regulares no Brasil, que envolve a chegada da engenharia e arquitetura militares, como va acontecer em todas as cidades litorâneas, e nas grandes praças como Olinda, Natal, João Pessoa, Santos, etc... 
 

Entre as cidades planejadas hispânicas temos as cidades capitais, povoações estratégicas (Lima, Caracas, San Juan de la Frontera, Buenos Aires, Córdoba, Nueva Orleans), de colonização indígena sobre preexistências, cidades adaptadas (San Luis de Potosí, Potosí, Panama); as nascidas para a defesa como Veracruz, La Habana ou San Juan de Puerto Rico; fundações Fundações sob traçado e com uma clara ideia fundacional; as cidades Hospital de Quiroga, os povoados indígenas para evangelização (missões interiores); as missões pioneiras de fronteira: San Francisco, São Diogo, São Jose, Los Angeles, Tucson, Santa Fe, Albuquerque, El Paso, São Luis, Memphis, Baton Rouge e Nova Orleans e São Agustin da Florida., San Antonio, El Paso (os chamados “presídios”); ou as utopias contrarreformistas dos territórios sem mal: como as missões guaranis, as de Mozos ou as de Chiquitos.
 

Já para explicar as relações entre defesa e forma urbana, iremos analisar o galeão de Manila com as fortificações de Manila (Cebu e Bohol), Acapulco, Panama...; e o galeão da Habana: as defesas de Puerto Rico, Cartagena, Portobelo, Veracruz, Pensacola e La Habana, como primeiros sistemas defensivos do continente. Depois passaremos a analisar as defesas atlânticas das baias da America do Sul, desde Buenos Aires, passando por São Vicente – Santos, Rio de Janeiro, Salvador ou as baias do norte, São Luis ou Belém, para entender, desde aí, as portas do dourado, formada pelas defesas atlânticas do virreinato do Rio da Prata, da Nova Espanha, da Nova Granada, ou da nova Galizia, e as ilhas associadas, entre outros.
 

Tomando desde San Marcos, San Agustín, Panzacola, Veracruz, Antón García, Champoton, Campeche, Mérida e San Felipe Bacalar, entre outras de menor relevancia. Do lado do Pacífico destacam Acapulco e San Blas. Além de outras fortificações interiores, especialmente ao longo do caminho Cidade de México com Veracruz. Estudaremos também a regularidade das cidades fundadas durante a definição das fronteiras do Sul do Brasil, e no Amazonas, durante o processo de construção da fronteira ibérica, com alguns modelos simbólicos como Macapá e Mazagão, vilas regulares e planejadas de origem pombalino.
O painel três analisará a cidade que nasce com o lugar, adaptada as condições locais e sensível com os ecossistemas e as lógicas do sítio. A través da análise das cidades indígenas na cartografia da época, procuraremos a verdadeira ecologia da cidade indígena, desde a perspectiva ambiental, social e económica. Também deveremos considerar a cidade africana em América, das senzalas aos quilombos, da escravidão a liberdade, e os terreiros e os lugares dos cultos afro-americanos.

As cidades nas rotas tomarão como primeira referência as aventuras de Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, e os caminhos de Peabiru e dos Incas, ou a rota da estrada As cidades da mineração vão procurar alinhamentos e modelos desde as primeiras cidades associadas com esses recursos como São Luis de Potosi no México, até cidades da prata, como Oururo e Potosi na Bolivia. O aprofundamento nas cidades costeiras e litorâneas começará pelas baias da costa Atlantica, e da costa do Pacífico, para depois descrever e identificar os principais portos nas grandes rotas e nos sistemas fluviais e até lagunares.


As cidades no limite acontecem nas fronteiras, como as que caracterizam os limites do sul da patagônia chilena, Chiloé, dos presídios do Norte de México, da California, e da costa do norte América, das quais destacamos Bostón e depois, além, Quebec. As fronteiras ibéricas jesuíticas vão destacar as missões guaranies, mas também as de Mozos, Chiquitos, Maynas, Omaguas, Casanare, California, Sonora, Sinaloa, construindo um verdadeiro reino na fronteira. Mas também deveremos falar das fronteiras metropolitanas e das fundações das povoações do rei, e dos índios, nos entornos das cidades capitais, como fórmula de evitar a exploração da mão de obra nativa. Assim, entre os modelos portugueses no Brasil estudaremos a regularidade das cidades do século XVI , como o Rio de janeiro ou Salvador da Bahia, bem como as do século XVIII como Macapá e Mazagão, Moradias regulares amazônicas. Entre os modelos e paradigmas de Castelhana Urbanismo na América nós escolhemos Cidade do México e Lima, como exemplos de integração com populações indígenas e outras estratégicas, como Ciudad de Veracruz, La Habana, San Juan de Puerto Rico (portos), Caracas, Buenos Aires (capitais), San Luis de Potosi e Potosi (Minas), San Juan de la Frontera, Cordoba, Nova Orleães, San Francisco, San Antonio e El Pasou, entre outros.


Modelos de fronteira jesuíta, entorno da linha Tordesilhas, e as fronteiras costeiras ou metropolitanas, serão analisados em três níveis diferentes. Limites nos limites dos futuros países serão objeto de estudo Chiloé, norte do México, Califórnia, Sonora, Sinaloa e a costa da América do Norte (Bosto). As fronteiras ibéricas, entre os territórios castelhano e português, também eminentemente jesuítas: guaranis, Mozos, Chiquitos, Maynas, Omaguas ou Casanare. As fronteiras metropolitanas: fundações das repúblicas indianas nas baías e ambientes das capitais
 

o mundo não é suficiente

o mundo não é suficiente

non sufficit orbis

O mundo não é suficiente
A América Ibérica não é suficiente, por isso analisaremos aos Inimigos ibéricos na América e seus projetos nacionais, a França Antártida, ou Equinocial, o projeto Holandês, ou a chegada de Ingleses, Italianos, e outros povos a América Colonial.
Os inimigos ibéricos chegam na América, especialmente durante o período da União das Coroas, mas já antes, depois do processo de expansão do império ibérico, após a descoberta de Magalhães (1519), e sobretudo, depois da descoberta da torna volta, e a construção da rota do galeão de Manila (1564), fechando a volta ao mundo.
As principais rotas e navegações dos oceanos vão se converter no caminho de acessos para os novos conquistadores e colonos. Os limites da América Espanhola, Luisiana e a Florida, para franceses e ingleses. As guerras e as disputas na Europa e oriente meio vão empuxar aos holandeses. As linhas de expansão para Africa, Asia e Oceania começam a passar por America e viagens como a do Arthur Drake, em 1579, marcarão momentos decisivos da história com a fundação de cidades como Filipopolis, e o ataque a todos os portos do Pacífico, que invitará a sua fortificação.
O projeto das franças equinocial e ártica, vai trouxer importantes modificações na defesa, e na morfologia de cidades como Rio, Natal, Joao Pessoa e São Luis, onde a frança equinocial e ántartica no Brasil vai tentar se consolidar sem muito sucesso. Já a França ártica vai ver o nascimento do Quebec e da cultura quebecois que permanece até os nossos días.
A França fundará povoações no Golfo de Mexico, Haiti e nas Guayanas. A américa inglesa irá das Antilhas até EEUU, desde as primeiras colônias da London Virginia Company, a Nova Inglaterra, depois da chegada do Maiflower, até a consolidação da pose no século XVIII, com o tratado de Utrech, e a guerra franco – indígena e a expansão inglesa na conquista do ‘far west’.
Um estudo mais detalhado será feito com as novas Amsterdam, a dos holandeses em Pernambuco, Recife, e a do norte, Nova York, ou Nova Amsterdam, fundada pelas mesmas famílias que fundaram a cidade de Mauricio de Nassau, Mauriciopolis, antes da finalização da guerra dos Guarapes. Também analisaremos as coloniais centrais de ingleses e holandeses nos rios Hudson, Delaware e Connectitut.
Respeito a aventura Africana analisaremos o continente como ponte entre as duas índias, desde as primeiras praças africanas de Ceuta, Melilla, Mazagao, ou a Mina, até a fundação das povoações principais no golfo de Guinea e na ilha de São Tome e Principe.

 

Em paralelo estudaremos a consolidação da pose no Pacífico, no Oriente Meio, no golfo Persico, nos Países Arabes, com fundações e construções ibéricas como Oman e Arabia Saudi, ou cidades do Mar Vermelho até Egipto


Ao estudar as especiarias e a seda iremos até o oceano Pacífico, analisando a  India (Diu, Damão, Goa...) e a Africa. Nas ilhas do Indico estudaremos as Molucas, as Filipinas e o Japão. O importante papel comercial da China, com suas rotas e suas conexões serão contadas desde Macau, importante porto ibérico, ponte entre China e as Filipinas


Como contraponto vamos descrever as principais obras no período no Mediterrâneo, tais como a fortificação de Malta, ou as ilhas de Córsega, Sardenha, Sicília, Creta e Malta, donde vão acontecer importantes obras de fortificação, e de ocupação e pose. Territórios mediterrâneos ibéricos no norte de Africa, como Ceuta e Melilla, mas também Tanger, serão recuperados.


As fortificações italianas, aragonesas, defendiam os portos das rotas da seda, desde a república veneziana, ate Grecia e o oriente meio. Com as lutas contra os inimigos do norte, os países católicos vão produzir varias linhas de ação, e ai França se fortifica, Inglaterra toma o protagonismo depois da perda da Armada Invencível, e os holandeses passam do comercio a produção do açúcar a grande escala e fundam a cidade de Amsterdam e o estado dos países baixos do Norte (Holanda).


Concluiremos falando da herança indígena na construção do território ibero-americano, da ecologia das Cidades Ibero-americanas pré-coloniais, e de aquelas trouxidas e fundadas com os modelos americanos, fazendo um especial foco nas cidades Patrimônio da Humanidade e nas Cidades Coloniais de interesse patrimonial, cultural ou paisagístico, ou até urbanístico. Utilizando a narrativa da história urbana como recurso

o caminho é o fim

est via in finem

o caminho é o fim

Trabalharemos com fundos digitais existentes ou produzidos "ad hoc" para colocar a exposição numa nova era, numa dimensão contemporânea, dinâmica, inovadora e baseada no uso das novas tecnologias. Queremos uma exposição atrativa, divertida e interativa, para todas as idades, e todos os públicos, com múltiplas formas de visita, e múltiplas leituras. Para isso resumiremos os conteúdos principais abrindo janelas ao conhecimento mais aprofundado e preciso a través de realidade aumentada, com óculos especiais, smart-glasses translúcidos, mas também com vídeos e sistemas de visualização 3D e mapas digitais interativos (sistemas de navegação interativa). 


No local (Rio de Janeiro) podemos chegar a que a informação virtual se sobrepõe à realidade, mantendo uma comparação permanente entre o antigo e o moderno. Na exposição, onde a coisa mais importante é a peça artística, a imagem, ou até o texto, criaremos links mediante códigos QR e tecnologia de realidade aumentada, com leituras e vídeos dos protagonistas, imagens, textos ampliados, etc... que nos levem a um aplicativo donde poder aprofundar a experiencia CIDADES. Por tanto não perdemos de vista os painéis, ou, eventualmente, a pintura ou a escultura, mantendo a referência com a realidade, mas fornecemos também informações agregadas e imersivas (VR ou AR), completando as leituras da exposição.
 
A realidade aumentada será aplicada a imagens que contarão a história da construção de cidades, vilas, povoações e aldeias paradigmáticas no processo de construção da América: México, Rio de Janeiro, La Habana, Missões Guaranis, Presídios Mexicanos, Armação de Santa Catarina, Potosí e fortes de Salvador de Bahia...


Combinaremos nesta exposição várias experiências: realidade virtual, realidade aumentada, audiovisual 360, mapas interativos, assim como materiais analógicos tradicionais, alguns originais, o se não a través de reproduções digitais nos próprios painéis. Para todo isso queremos incorporar no projeto algum dos softwares disponíveis no mercado , bem como realizar os módulos que especificamente resolvam as apresentações dos diferentes conteúdos que permitam uma experiência completa.


Umas das plataformas que serão analisadas é a plataforma
https://artsandculture.google.com/project/exploring-the-maya-world


O design ergonômico do nosso dispositivo, os materiais utilizados, bem como as medidas de limpeza que implementamos, torna altamente inovadora a nossa proposta. Além disso, permitem o seu uso a través dos celulares dos próprios usuários, ou, se não o uso de óculos ou sistemas de imersão próprios da exposição (tipo APP, ou aplicativo educativo). A proposta tem com isso elementos para garantir um ajuste perfeito aos interesses de cada um dos usuários.

Será criado um site para a promoção do evento. Uma plataforma colaborativa para compartilhamento de informações, iniciativas, ideias e colaboração em geral.

  • Tecnologia digital: imagens de alta resolução megapyxels, para os documentos mais relevantes do período, mesmo os existentes nos grandes museus da Espanha, Brasil, Portugal, Francia, Holanda, Italia,... 

  • As informações geográficas (igrejas, engenhos, delimitação das capitanias, linhas das fronteiras, estados, cidades, povoações,...) serão incorporadas numa infraestrutura de dado espaciais junto com o projeto do Atlas da América Lusa (iniciativa da Universidade Nacional de Brasilia)

  • Os modelos de arquitetura, paisagem e território serão realizados em 3D, e difundidos a través de sistemas de realidade aumentada e realidade virtual.

O site CIDADES poderá incorporar sistemas de gestão documental (base de dados geodocumental) e links com os principais arquivos e plataformas mundiais sobre o período. Deverá conter um sistema de controle de acessos e usuários e também um sistema de Mapas On – Line o Web Map Services que ofereçam a possibilidade  de uma navegação interativa pelas cartas, históricas e contemporâneas, pelos pontos de maior interesse, e pelos eventos mais relevantes.

O uso de recursos tecnológicos permitirá o resgate dos núcleos de povoação do período localizando-os no território a que se destinaram, possibilitando também a confrontação com as cidades do presente e ensejando a compreensão delas como resultado de um processo histórico. Isso será feito por meio da modelagem tridimensional dos assentamentos e de seu território, que assim poderão ser apresentados por meio de tecnologias de imersão, usando realidade aumentada, realidade virtual e imagens 360 graus. Com estes recursos, será fácil visualizar as relações espaciais existentes entre os assentamentos e o território, evidenciando os aspectos topográficos, estratégicos, logísticos e simbólicos que os articulam. Estes modelos também poderão demonstrar o crescimento dos núcleos ao longo do tempo, transformando em animações a informação cronológica (Virtual Sense).

 

À medida que o ritmo da adoção da realidade aumentada (AR) se acelera, os sites do patrimônio cultural começaram a se concentrar nas oportunidades oferecidas por esta tecnologia nova e inovadora. A AR tem valor econômico, experiencial, social, epistêmico, cultural e histórico, e educacional, tanto das perspectivas das partes interessadas internas quanto externas. A AR é considerada uma maneira de preservar a história, aumentar a satisfação dos visitantes, gerar positiva boca-a-boca, atrair novos mercados-alvo e contribuir para uma experiência de aprendizado positiva. O uso da AR  também contribui para o déficit de conhecimento na área do valor percebido pelas partes interessadas de AR para o turismo de patrimônio cultural (Valor da realidade aumentada nos sítios do patrimônio cultural: uma abordagem das partes interessadas, M. Claudia Tom Dieck , Timothy Hyungsoo Jung).

Designa-se realidade aumentada (RA) ou (AR) a integração de informações virtuais a visualizações do mundo real (como, por exemplo, através de uma). Atualmente, a maior parte das pesquisas ligada ao uso de vídeos transmitidos ao vivo, que são digitalmente processados e “ampliados” pela adição de gráficos criados pelo computador. Pesquisas avançadas incluem uso de rastreamento de dados em movimento, reconhecimento de marcadores confiáveis utilizando mecanismos de visão, e a construção de ambientes controlados contendo qualquer número de sensores e atuadores.

Realidade aumentada é um ambiente que envolve tanto realidade virtual como elementos do mundo real, criando um ambiente misto em tempo real. Realidade aumentada é um sistema que:
combina elementos virtuais com o ambiente real;
é interativa e tem processamento em tempo real;
é concebida em três dimensões.

© wikipedia

Pixel ou píxel (sendo o plural pixels ou píxeis) (aglutinação de picture e element, ou seja, elemento de imagem, sendo pix a abreviatura em inglês para pictures) é o menor elemento em um dispositivo de exibição (por exemplo, um monitor), ao qual é possível atribuir-se uma cor. De uma forma mais simples, um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de pixels formam a imagem inteira. Em um monitor colorido, cada pixel é composto por um conjunto de 3 pontos: verde, vermelho e azul. Nos melhores monitores, cada um desses pontos é capaz de exibir 256 tonalidades diferentes (o equivalente a 8 bits) e combinando tonalidades dos três pontos é então possível exibir pouco mais de 16.7 milhões de cores diferentes (exatamente 16.777.216). Em resolução de 640 x 480 temos 307.200 pixels, a 800 x 600 temos 480.000 pixels, a 1024 x 768 temos 786.432 pixels e assim por diante (wikipedia).
 

Hoje os museus contemporâneos já tem uma grande parte da obra em suporte digital. Queremos ter acesso a serviços web, a imagens de altíssima resolução e a diferentes escalas e modos de acesso as obras de arte.

As obras das grandes galerias já estão disponíveis a custos razoáveis que vão permitir novas experiências museísticas de imersão, e novos acordos de trabalho e colaboração.

Obras maestras em alta fidelidade que podem ser expostas em grandes telas e permitir a interação com os usuários e visitantes, mas também com os expertos e cientistas.

A tecnologia digital nos permite também usar essas imagens para reproduzir as paisagens do período, as arquiteturas, e os principais fatos históricos

Na escala territorial, o território mapeado vai demonstrar a localização dos núcleos populacionais e estruturas, evidenciando a atuação humana na ocupação e aproveitamento destes territórios, assim como em sua modificação ao longo do tempo. Já a escala urbana coloca em evidência o traçado e o desenvolvimento das povoações, pontuado pelos edifícios indutores da urbanização: as fortalezas e outras estruturas de defesa, os prédios administrativos, as igrejas, os mosteiros, entre outros. 

Na escala humana, pretende-se apresentar um ponto de vista ao nível do observador. Para cada núcleo, será selecionado um ponto representativo da paisagem e a partir dele será oferecida ao visitante uma visão panorâmica, utilizando-se o recurso da realidade virtual. Isso o transportará para uma reconstrução do cenário urbano no período estudado, uma imagem de 360 graus produzida a partir de documentos históricos e apresentada com um headset de realidade virtual. 

 

Cada um dos núcleos estudados serão abordados em três escalas: territorial, urbana e humana. Com estas reconstruções digitais da paisagem, na forma de maquetes eletrônicas interativas e imagens imersivas em 360°, estaremos aplicando todo o potencial oferecido por estas novas tecnologias à serviço da análise histórica. Trata-se de uma sistematização e condensação de um volume de dados que é grande, mas que desta forma poderá se facilmente apreendido por qualquer interessado. Mais do que isso, apresentado dessa forma o conteúdo da pesquisa se torna uma atração, uma demonstração de tecnologia aplicada à expansão do conhecimento e uma experiência que desperta curiosidade (Virtual Sense).
 

 


 

 




 

porque? e, como colaborar?

alea jacta est

como colaborar

E importante debater sobre a contribuição da Espanha e Portugal à cultura da civilização ocidental, ao desenvolvimento conceitual do urbanismo e da arquitetura, mas também do direito, da economia, da sociedade, e da paisagem ibero-americana em seu conjunto. Com isso, as relações internacionais, entre os países ibéricos serão reforçadas, e especialmente, entre Brasil e a Espanha de uma perspectiva histórica, artística, cultural e patrimonial.
 
A compreensão da gênese dos princípios, técnicas, modelos e tradições que formam o pensamento urbanística e de gestão do território ibero-americano constituem um fundamento importante para debates que estabeleçam uma ponte entre o passado e o presente. Assuntos como a ecologia do urbanismo ibero-americano, as interações entre o lugar e a geometria, as leis que foram aplicadas nos territórios descobertos, a organização das cidades e dos territórios, com suas infraestruturas e equipamentos, servem para refletir não só nosso presente, mas também o nosso futuro.


A exposição coincide com a organização de um grande seminário internacional que ressaltará a Importância da Espanha, e também de Portugal, especialmente no período da União Ibérica, para Ibero-América e para o Brasil. Histórias e perspectivas, que organizaremos com a colaboração da Academia (mais de 15 universidades já mostraram seu interesse), vários comités científicos de ICOMOS (grupo assessor de UNESCO para o patrimônio mundial) e instituições especializadas na gestão do patrimônio cultural, e também natural, compartilhado, apoiadas fundamentalmente no IPHAN.


A intensificação das relações com todos esses países responde ao interesse de reforçar a presença da Espanha na América Latina, especialmente no campo do debate sobre a cidade e sobre o território, sobre as formas de construir nossa “casa” e, sobretudo, nas alianças estratégicas para resolver grandes problemas urbanos como a habitação social, a qualidade na arquitetura e no urbanismo, o pensamento paisagístico que reintegra o meio ambiente na cidade, ou o combate as mudanças climáticas e seus riscos derivados. 


Num momento conturbado, de grandes diferenças, conflitos e desequilíbrios, a exposição pretende gerar um foco de debate e de estabilidade no pensamento ibero-americano. Queremos desafiar a crise urbana, climática, política e econômica, com ideias e soluções que muitas vezes foram experimentadas e propostas no passado. Pensamentos sobre a forma de povoar e nos relacionar com o território incorporadas pelos povos indígenas o também pelos colonizadores ou até pelos povos afro americanos, em debates permanentes com outras nações europeias também, mas sobre tudo num debate permanente entre território e sociedade, e sua pegada no espaço, um debate sobre PAISAGEM.


Com a retomada de contatos multilaterais de alto nível científico, técnico e acadêmico, e com o encontro de julho da UIA no Rio, coincidindo com a exposição, culminaremos nossa iniciativa com a projeção dessas reflexões e pensamentos na comunidade internacional de arquitetos e urbanistas e todos os sectores económicos, sociais e empresariais a eles associados. Espera-se que esse esforço atenda ao objetivo de construção do patrimônio comum ibero-americano e de realizações para o bem-estar dos seus povos e o fortalecimento das parcerias estratégicas e dos interesses, princípios e valores em que este se fundamenta.


A presença nos meios de comunicação será tão importante quanto exige a escala do evento e desejamos que isso contribua para melhorar o planejamento sobre nossas cidades e territórios e retomar, assim, o caminho do desenvolvimento sustentável que sempre teve no Rio de Janeiro uma importante referência desde o encontro de 1992. Relembrar as marcas da colonização ibérica nas Américas, ganha dimensão contemporânea na parceria estratégica e sua expressão humanística na projeção de valores fundamentais tanto para a cidade, como para o território, e para a arquitetura que as constroem e as define em última instancia, no contexto de uma nova governança urbana desde uma perspectiva global. Brasil e Espanha compartilham, ademais, algo peculiar que decorre da capacidade de ambos os países, em razão de sua formação histórica, de contribuir de maneira efetiva para o diálogo intercultural do pensamento sobre as CIDADES, bem como para a harmonia entre tradição e inovação, entre ideias e utopias.
 

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